A Segunda Camada da Personalidade: O Desejo de Representar

Você já se perguntou por que às vezes nos comportamos como nossos pais ou antepassados? Vamos explorar a fascinante segunda camada da personalidade: o desejo de representar.

Sumário

A Segunda Camada: Presença Dinâmica

Na segunda camada da personalidade, passamos automaticamente da primeira, sem esforço ativo. É um processo passivo. Enquanto na primeira camada queremos ser presença de algo estático, na segunda ainda queremos ser presença de algo, mas agora de algo dinâmico, presença de uma narrativa.

A Herança Ancestral

Aparece, então, a motivação de manifestar a narrativa dos nossos antepassados. Você recebe isso dos seus pais. Quando você nasce, quando você é concebido, quando você vai conduzindo a vida, de alguma maneira você é presença dos seus pais e antepassados. Por isso que existia aquele senso das famílias com brasão, por exemplo. Existe uma certa consciência de que quando aparece uma pessoa, ela de alguma maneira manifesta os seus pais, os avós, os antepassados.

Ancestrais Particulares: O Desafio da Análise

O problema é quando tentamos analisar isso na prática, porque não dá para saber completamente. Você não conhece seus pais inteiramente. Ainda que você tenha vivido toda a sua vida com eles, existem pelo menos vinte anos da vida dos seus pais aos quais você não tem acesso. Você não sabe o que aconteceu. Você conviveu com os seus pais duas, três, quatro horas por dia, assim, mesmo, olhando um para a cara do outro. Você estava fazendo outras coisas: brincando, vendo o celular, no computador, foi passear com o amigo: você perdeu informação dos seus pais. Não conseguimos medir o quanto de presença de nossos pais nós manifestamos. Não dá.

Ancestrais Comuns: Adão e Noé

Mas conseguimos enxergar isso de forma mais exata em alguns ancestrais que são comuns a todos nós. E simbolicamente nós temos dois ancestrais que todo mundo teve: Adão e Noé. Adão foi o primeiro. Todo mundo é filho de Adão. O segundo é Noé, porque morreram todos e só sobraram Noé e seus filhos, então todo mundo tem que ser descendente de Noé, pela lógica.

As Narrativas Ancestrais em Nós

Quando olhamos para Adão e Noé, para as narrativas deles, somos presença das narrativas deles também. Elas pulsam dentro de nós. Isso é evidente, isso conseguimos ver empiricamente: pulsam dentro de nós o fracasso de Adão e o sucesso de Noé; a tendência ao fracasso de Adão e a tendência ao sucesso de Noé. Somos convidados o tempo todo; somos, de alguma forma, metafisicamente inclinados a essas duas coisas: ou a chutar balde por causa dos prazeres, ou a viver as virtudes de Noé, ou o fracasso de Adão.

Não é um Determinismo

Claro que não se trata de um determinismo, pois em algum momento alguém pega uma agulha superior e fala: “Não, isso aqui não vale muito para minha vida. Vou seguir um caminho diferente”, e rompe com aquela narrativa do antepassado.

Se você não usa agulhas superiores ou faz muito pouco esforço para isso, a tendência é que você, com antepassados alcoólatras, vai acabar sendo alcoólatra; se seu pai é drogado, você vai acabar caindo nas drogas; se seu pai é divorciado, você vai acabar divorciando; se seus pais são pobres, você vai continuar sendo pobre; se seus pais são ricos, você vai continuar sendo rico; se seus pais dão muito valor às coisas materiais, você vai dar muito valor às coisas materiais; seus pais são egoístas, você vai ser egoísta; enfim.

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