Você já se perguntou o que nos motiva no nível mais básico da existência? Vamos explorar a primeira e mais fundamental camada da personalidade: o desejo de ser.
Sumário
- A Motivação de Ser: Nossa Primeira Camada
- A Resistência Existencial em Tudo
- As Cadeias do Ser: Existir de Maneira Específica
- Tudo é Presença de Algo
- O Homem como Imagem e Semelhança de Deus
A Motivação de Ser: Nossa Primeira Camada
Como é que aparece a primeira camada da personalidade? Na primeira camada, surge uma motivação, mas é uma motivação de ser. Quando apareço na existência, qual é a primeira motivação que surge? Eu quero continuar existindo. Mas não é continuar existindo de qualquer jeito. E isso não é uma motivação ativa, mas passiva.
Por exemplo: se eu desenho um cachorro num caderno, àquele desenho do cachorro eu conferi uma motivação de ser. Passivamente ele não queria, mas agora ele é e quer continuar existindo. Aquele cachorro quer continuar ali.
A Resistência Existencial em Tudo
Isso se aplica a tudo, não só às coisas vivas. Para as coisas inanimadas, como uma pedra, ela não quer desintegrar. Você já viu uma pedra desaparecer? Ela não desaparece. Uma vez que vem à existência, de alguma forma ela se configura para lutar a qualquer custo com o ambiente para permanecer existindo. Todas as coisas que existem tentam resistir ao desaparecimento. Por isso que nada some. Aí vem a famosa frase de Lavoisier: nada se cria, tudo se transforma.
A matéria é muito transitória. Não dá para confiar muito nela. As coisas vão mudando rápido. Mas a matéria aparece e ela não quer se soltar da existência. Só que não é consciente essa motivação ainda. É como uma motivação natural do próprio fato de existir. É conferida de fora, quando as coisas vêm para a existência.
As Cadeias do Ser: Existir de Maneira Específica
Não é só existir, mas existir de um jeito específico. Queremos continuar existindo. E aqui temos uma dimensão muito importante: tudo que existe é presença de algo. Tudo. Tudo que existe é presença de algo. Então, quando as coisas aparecem, elas têm a motivação do ser, mas de ser de uma maneira específica. Queremos ser presença de algo.
Tudo é Presença de Algo
Aqui entra, por exemplo, a dimensão do temperamento. Se eu falo para você: sol, leão e uva. Quem é o esquisitão do grupo? A uva. Mas por que percebemos assim? O leão não tem nada a ver com o sol. O que leão tem a ver com sol que a uva não tem? Sol é um astro, leão é um animal, uva é uma fruta. Por que a uva agride o nosso senso de semelhança, e o leão parece que tem uma semelhança com o sol?
É porque tem mesmo! A juba do leão lembra o sol, um monte de coisas. Porque o leão e o sol estão inscritos numa mesma cadeia do ser, eles são presença de fogo. O sol, é evidente: esquenta, aquece, ilumina, coisas que o fogo faz. E o leão também. Quando você olha para ele, o brilho do pelo dele traz luz, o rugido dele traz uma expansão de fogo. E isso vale para tudo. Absolutamente tudo que existe é presença de algo.
O Homem como Imagem e Semelhança de Deus
O homem é imagem e semelhança de Deus. O ser humano, pelo simples fato de existir, já carrega uma motivação de ser presença da divindade, presença de Deus. Claro, obviamente, não é que ele é Deus. Ele carrega essa semelhança, carrega essa hereditariedade existencial. Na hora em que você olha um ser humano, Deus e uma pedra, você fala: “É, nesse grupo acho que a pedra tá mais longe de Deus do que o homem. O ser humano parece que está mais colado em Deus.”
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